Os índices inflacionários no Brasil têm provocado movimentações em diversas categorias profissionais, e no setor de segurança pública, a situação não é diferente. Na manhã desta terça-feira (13), representantes das forças de segurança pública do Acre se reuniram em frente à Casa Civil, em Rio Branco, para cobrar do Governo do Estado respostas concretas diante da crise na segurança pública e melhorias nas condições de trabalho.

Durante o ato, manifestantes relataram que o Acre está “tomado por organizações criminosas” e que a gestão estadual precisa agir com urgência para enfrentar a situação. A manifestação foi pacífica e, segundo os organizadores, teve como objetivo alertar tanto o governo quanto a população sobre as dificuldades enfrentadas pelas categorias.

Em Cruzeiro do Sul, profissionais da Polícia Civil manifestaram apoio ao movimento. De acordo com Damila Pereira, diretora regional do Sindicato dos Policiais Civis (SIMPOL) na regional do Juruá, a mobilização é essencial para chamar a atenção das autoridades.

— Hoje é um dia muito importante para o nosso movimento. Estamos realizando uma manifestação pacífica em todo o estado, com concentração na capital, para que o governador fique atento às nossas pautas. Elas não são poucas, mas esperamos conscientizar o governo sobre as nossas dificuldades e a necessidade urgente de nos ouvir e atender as demandas — destacou Damila.

A diretora também reforçou que, embora o movimento tenha ganhado mais força na capital, as regionais do interior acompanham e apoiam a mobilização.

— A Regional do Juruá está aderindo e apoiando o nosso sindicato. Nós convidamos os demais profissionais a se unirem, porque esse movimento não beneficia apenas as categorias, mas toda a sociedade acreana — completou.

Damila esclareceu ainda que não se trata de uma paralisação. As delegacias e unidades policiais continuam funcionando normalmente, com todo o efetivo à disposição da população.

— É uma manifestação pacífica para expormos as nossas dificuldades e reivindicações. As unidades estão funcionando, mas os servidores estão manifestando seu apoio a esse ato em Rio Branco. Esperamos que o governo se sensibilize e atenda as demandas para que não seja necessário intensificar as ações — finalizou.

Entre as principais reivindicações está a recomposição inflacionária das perdas salariais acumuladas nos últimos anos e a modernização do banco de horas. As categorias aguardam uma resposta do Governo do Estado e não descartam, caso não haja avanços no diálogo, a adoção de medidas mais firmes nas próximas semanas.


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